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Como saber no que e em quem confiar?

Atualizado: 27 de jan. de 2021

Parece que a grande massa conquistou o direito de decidir no que acreditar...


Quando o Coronavírus começou a ser noticiado, muito depois de ser identificado na China que, segundo relatos e dados já divulgados, escondeu informações importantíssimas que poderiam ter ajudado o mundo a se preparar e combater melhor esta crise, nenhum de nós poderia imaginar o que estava por vir.


Um ano depois, com diversos estudos e uma batalha insana tanto no campo da saúde quanto no campo da economia, colhemos os cacos que continuam caindo, principalmente sobre os mais vulneráveis, seja no campo da saúde quanto no campo da economia.

A guerra que deveria ser apenas no campo científico, na busca por resposta e por soluções que trouxessem alento à população e a possibilidade de recomeçar, se estendeu para o campo político. Infelizmente o que vemos são grupos apoiando ou não as ações com base apenas na ideologia política, ainda que jurem que os motivos são somente os científicos. A verdade é que durante esta pandemia vimos cientistas que defendiam a ação A e outras que defendiam a ação B, que são a favor de determinado remédio ou que não concorda com remédio algum, que confia fielmente na vacina e outros que questionam sua eficácia.


Como saber em quem e no que confiar?


E já que a citamos a vacina, vamos direto ao ponto: por que não confiar na vacina? Segundo os laboratórios, a velocidade com que surgiu não só uma, mas várias vacinas contra a Covid-19 é fruto da evolução teccnológica e biológica. Para outros, ainda que se tenha chegado a resultados “teoricamente” satisfatórios, seguindo as fases de testes (ainda que de forma mais urgente), a eficácia bem como a segurança dessas vacinas só serão de fato confirmadas após alguns anos, e a o população seria um “tipo cobaia”. Mas como não sou cientista, não participei da elaboração e dos testes, não posso entrar na questão técnica e afirmar se a vacina é ou não eficaz; a mim [e a esmagadora maioria da população] só resta confiar no que dizem os cientistas que atestam sua efetividade e segurança e nos governantes que a compraram.


A grande questão está em tentar entender por que muitas pessoas não confiam. E para isso vamos voltar uns 40, 50 anos, quando diante de enfermidades e vírus mortais, muitos pais levavam seus filhos para serem vacinados sem qualquer questionamento, afinal se encontravam diante de um risco iminente, e se o governo disse que para se manter seguro era necessário a vacinação, por que duvidar? E isso aconteceu muitas vezes, e muitas das “pragas” foram extintas.


Voltando para os dias atuais, e analisando o nosso contexto e todos os avanços tecnológicos, principalmente na comunicação e no acesso a informação, começamos a entender melhor o porquê, nos dias de hoje, é muito mais comum os questionamentos com relação a coisas que já vivemos no passado e, aparentemente, não nos fizeram mal algum, muito pelo contrário, nos pareceu fazer muito bem.


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Não havia essa chance anteriormente


uol.com.br/fotografia

Antigamente, quando uma mãe levava seu filho ao posto de saúde para ser vacinado, ela nem se quer pensava se o que seria injetado era realmente seguro, se o que o governo estava propondo era de fato a melhor solução e menos ainda contava com a oportunidade de questionar, a não ser com seus familiares que na maioria das vezes se encontravam na mesma situação (se pararmos pra pensar que houve lideres como Hitler no passado, seria muito prudente questionar sobre a eficássia e sobre a segurança de vacinas e outras coisas). Mas hoje “todo mundo” tem voz; com a internet qualquer um pode acessar informações boas ou ruins. E quando você assiste a um vídeo em que determinada autoridade fala que algo é a solução e que foi testado e comprovado, mas também assiste a outro no qual outra autoridade questiona tal fato, acontece um fenômeno muito raro no passado: a possibilidade de tomar uma decisão de acordo com o que você deseja acreditar. Não é uma questão ideológica, não é apenas um lado contra o outro — logicamente que questões políticas e ideológicas influenciam — mas é uma questão de ter mais de uma informação, ouvir mais opiniões e seguir de acordo com o que considera mais seguro, correto ou sensato, conforme seu próprio julgamento.


Muitas vezes na história, as pessoas não contavam com essa possibilidade de escolher, eram escravas de uma retórica ou de uma ordem autoritária. Esses dias uma pessoa disse: “quem garante que muitas doenças que surgiram não foram por conta de vacinas anteriores, elas podem ter eliminado uma doença e ter produzido outras”! Como eu já disse, apesar de parecer lunático para muitos, eu não condeno o pensamento, até porque não sou cientista, não posso garantir nada, somente acreditar ou não no que me dizem os que se dizem autoridades no assunto.


Mas hoje, as pessoas podem questionar e ouvir diferentes pontos de vistas. Para alguns isso é ridículo, desconfiar da ciência é insano, para outros o ridículo é confiar cegamente no que dizem só porque se dizem autoridades. Dou-me ao luxo de imaginar: será que se Lula passasse a questionar a vacina, e Bolsonaro passasse a defender com unhas e dentes a mesma vacina que está aí haveria mudança de lado por parte da população? O ser humano tem o instinto de seguir grupos, de viver em bando, com sua tribo, sua turma. Petistas diriam: “jamais Lula seria contra a ciência”! Depende do ponto de vista! Mas é uma questão interessante para se pensar, pois nem sempre nossas escolhas de lado são por questões sensatas, mas por questões ideológicas e por interesses diversos.


Será que o respeito ainda é unanimidade?


Fato é que ter a oportunidade de fazer escolhas e, melhor ainda, ouvir diferentes ângulos para tomar uma decisão ou definir sua posição, em minha opinião, é algo bom. Apesar da imatuiridade de muitos diante de notícias, não buscam saber de fato acerca da informação antes de sair divulgando, acreditando em qualquer manchete chamativa na internet ou em qualquer boa história que venha da grande mídia, penso ser bom essa oportunidade, é uma espécie de emancipação do pensamento crítico; mas é claro que cada um terá que arcar com os resultados de sua escolha e de seu posicionamento. Eu respeito quem acredita sem qualquer questionamento nas vacinas apresentadas tal como em quem tem questionamentos e não confia porque está inseguro com relação a reações e feitos colaterais devido à velocidade do processo. Eu, por exemplo, acredito que iniciar um tratamento contra qualquer doença o quanto antes é melhor do que esperar faltar o ar, como foi recomendado por autoridades na questão do Coronavírus, inclusive por cientistas. Mas tenho que respeitar as opiniões, apesar de pensar ser insana essa recomendação dada à população no início — enquanto não se prove qualquer maldade na recomendação, tenho que respeitar.


A mensagem que precisa ser disseminada é o respeito, pois sem ele será impossível evoluirmos como seres humanos; ainda que a tecnologia avance, infelizmente, nós, seres humanos, talvez não tenhamos evoluído nada durante todo esse tempo, o egoísmo, a inveja, o ódio, a hipocrisia e muitos outras coisas ruins imperam na nossa sociedade e todo mundo acuso o outro lado de ser assim o culpado; mas há esperança. Vamos torcer e fazer nossa parte para que as coisas melhorem: evitar aglomerações, utilizar máscara junto a outras pessoas, reforçar as questões de higiene que veio para ficar e é muito bom, vamos ser responsáveis. E que Deus abençoe nosso País e o mundo. Que as vacinas sejam realmente eficazes e segura para todos e que ao menor sinal possamos procurar o médico e iniciar o tratamento contra qualquer doença.


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