Proposta: Comitê Amplo de análise e tomada de decisões diante da crise
- scupenaro
- 18 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de jul. de 2020
Scupenaro quer mais participação da sociedade na tomada de decisões neste momento
O desafio que nossa cidade enfrenta é ainda maior do que imaginávamos. O COVID-19, além de afetar de forma esmagadora nossa saúde, está dificultando a cada dia o nosso poder de reação ao provocar grande queda na arrecadação que afeta a prestação dos serviços público, inclusive na própria saúde. Em Valinhos a situação piorou; os leitos estão quase cheios. De acordo com o Poder Executivo, esse fato se deu por causa da reabertura do comércio nas ultimas duas semanas. Mas será que a reabertura do comércio é de fato a grande causadora da lotação dos leitos na cidade?
Algumas perguntas ficam no ar: estamos nos aproximando do inverno, com a temperatura caindo e o número de pessoas com problemas respiratórios aumentando e consequentemente uma maior necessidade de internação e utilização de respiração mecânica, algo sazonal em nosso pais, esse fato não pode ser somado aos fatores? Após quase três meses com o comércio fechado, reabrir por apenas quatro horas diária, com frota de ônibus reduzida, foi uma estratégia acertada? Será que o número de leitos ofertados em nossa cidade não precisa ser revisto urgentemente levando em conta que já não cotávamos com quantidade suficiente antes da pandemia? E como fica a situação de Valinhos com o comércio de Campinas e Vinhedo aberto?
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Será que não erramos lá atrás?
Desde o início desta pandemia Scupenaro tem questionando a estratégia adotada. Algumas decisões claramente não foram acertadas. Realizar normalmente o carnaval que promoveu a vinda de muitos estrangeiros para o Brasil diante do iminente risco de disseminação do Coronavírus que segundo os especialistas era assintomático na maioria das pessoas infectadas, foi uma delas. Outra situação que divide as opiniões, mas que precisa estar na mesa, é o fechamento de todo comércio não considerado essencial e a paralisação da atividade econômica. Diante da necessidade de mais recursos e o fato de a paralisação da atividade econômica causar desemprego, perda de renda e menos arrecadação, algo que afeta diretamente a prestação do serviço público, essa estratégia era a melhor mesmo?
A teoria não está funcionando, precisamos de ações práticas...
E pior, quando se reabriu o comércio o que vimos foi aglomerações por todo país. Claro que o cidadão precisa fazer sua parte pela segurança de todos, principalmente de seus entes queridos. Mas as autoridades deveriam ter previsto que a ideia de se buscar inibir aglomerações reabrindo o comércio em horário reduzido e com menor quantidade de ônibus circulando, após quase três meses de paralisação, não passava de uma teoria que na prática claramente não funcionaria. Não podemos viver de teorias e ideias que imaginamos e torcemos que funcionem! Precisamos de ações concretas, inteligentes, com engajamento de todos e que de fato garanta mais força para a nossa saúde e maior poder de reação econômica.
Scupenaro reivindica mais participação da sociedade na tomada de decisões
Diante desses fatos, o vereador Scupenaro apresentou Moção reivindicando ao Poder Executivo a criação de um Comitê Amplo de Análise e Tomada de Ações em Valinhos. Na moção Scupenaro destaca a importância de se promover ações coesas, que ao invés de partirem de forma unilateral, busquem o engajamento de todos os setores que envolvem a nossa sociedade para vencer esta crise.
A proposta de Scupenaro reivindica que este comitê seja composto pelo Poder Executivo, Secretaria de Saúde com a Vigilância Sanitária, o Poder Legislativo com a Comissão de Higiene e Saúde, o Conselho Municipal, representantes dos dois hospitais da cidade (Santa Casa e Galilleo), também a ACIV (Associação Comercial e Industrial de Valinhos) e a União do Comércio e Serviços de Valinhos, OAB e demais órgãos que possam contribuir.
Com mais participação da sociedade, poderemos alcançar melhores resultados tanto na estratégia quanto no compromisso
Com uma discussão mais ampla e a participação da sociedade na busca por um maior comprometimento neste momento tão crucial, será possível além de analisar as ações que já foram tomadas, buscar uma estratégia mais eficaz. Pois até quando continuaremos com a mesma estratégia de fechar tudo, diminuir a frota de ônibus, e quando reabrir, o fazer com horário reduzido gerando mais aglomeração que pode resultar em nova superlotação e a decisão de fechar tudo novamente?
A cidade pertence às pessoas. Todos os órgãos que representam a sociedade precisam fazer parte de forma direta das ações diante desta crise. Com diálogo e com uma visão ampla, buscando o comprometimento de todos e agindo de forma cada vez mais transparente, será possível vencer o Coronavírus e todos os desafios que ele nos trouxe e ainda nos trará.
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