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Brasil perdeu 40 mil leitos do SUS nos últimos 10 anos

Atualizado: 27 de jun. de 2020

Se ao invés de perder esses leitos, tivessemos aumentado a nossa capacidade, sem dúvidas, estaríamos em uma situação muito melhor

Estamos em meio a uma grande crise trazida pelo Coronavírus ao mundo. E aqui no Brasil, para piorar, ele só jogou mais lenha na fogueira da crise política que tem levado a questão sanitária para outro patamar.

De um lado aqueles que defendem que o Brasil não pode parar, pois a crise econômica pode trazer danos ainda maiores que os causados pelo vírus, e que se faz necessário uma estratégia melhor, que garanta a segurança daqueles que pertencem ao grupo de risco, idosos e pessoas com problemas de saúde, enquanto que, com toda segurança e os cuidados devidos, o restante volte ao trabalho. Para corroborar com a ideia se faz a comparação de um supermercado, onde o fluxo de pessoas é muito grande durante todo o dia, com uma ótica ou um lava-car, onde o fluxo de pessoas é imensamente menor durante o dia e a capacidade de distanciamento social e todos os cuidados para reduzir as chances de contaminção são muito maiores.

De outro lado, muitos defendem medidas restritivas e o isolamento social rigoroso onde somente serviços considerados essenciais podem continuar suas atividades para evitar a propagação do vírus e o crescimento da curva de infecção e, consequentemente, o aumento da letalidade. Ouvimos o tempo todosobre o risco do sistema de saúde entrar em colapso caso haja uma demanda ainda maior por leitos hospitalares.

Pegando o gancho, não podemos deixar fora da discussão o descaso com o sistema de saúde nos ultimos anos

Quando entramos em uma crise sanitária, que trata diretamente da vida do cidadão, precisamos estar preparados. Mas no Brasil, este preparo, como todos nós já sabemos, não é realidade.


Nos últimos 10 anos foram perdidos cerca de 12,6% dos leitos de UTI's do SUS segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ou seja, em um momento tão crítico para saúde brasileira, o resultado terrivel das ações dos governos anteriores são ainda piores do que imaginávamos. O discurso sempre foi o mesmo: falta de recurso. Mas fato é que para os estádios, muitos envolvidos em caso de desvios de dinheiro, não faltaram recursos, não é verdade?

Em 2008, o Brasil tinha 2,1 leitos para cada mil pessoas. Nos últimos 10 anos o SUS perdeu mais de 40 mil leitos. Algo que só nos faz perceber que hoje, em meio a crise em que vivemos, muito dos discursos de políticos protagonistas do enfraquecimento do Sistema de Saúde brasileiro nos ultimos governos, não passam de hipocrisia barata.

Para se ter uma ideia, no Japão são 13,6 leitos para cada mil pessoas. Na Alemanha a proporção é 8 para cada mil pessoas. Claro, países de primeiro mundo. Aqui no Brasil, hoje, temos 1,95 leitos para cada mil pessoas. Abaixo da média mundial que é de 3,2. Na América do Sul, por incrível que pareça, ainda somos o segundo com mais números de leitos por habitantes; ficamos atrás apenas do Chile que tem os mesmo 2,1 que o Brasil tinha há 10 anos. Mas espera aí: tivemos Copa do Mundo e Olimpíadas não é verdade?... Você não acha que dava para ter investido em saúde também?


"...Não se faz copa do mundo com hospitais..." Você lembra dessa frase? Hoje a crise sanitária parou até o esporte.

E pior, a nossa economia também foi deixada com uma saúde nada boa

Quando o presidente defende o isolamento vertical a fim de salvar a economia, obviamente que entedemos onde ele quer chegar, pois se somos um país doente no setor de saúde, no setor econômico não é diferente. Esses governos que finaciaram eventos esportivos milionários, debilitaram além do nosso sistema de saúde, a nossa ecomia; e sem dinheiro também não há como fortalecer o sistema de saúde.


Muitas pessoas estão deixando o Planos de Saúde, outros, por conta de todo estresse, acabam adoecendo e precisam ser assistidos pelo Poder Público. E é importante salientar que não foi paralisada apenas a atividade econômica, mas os atendimentos médicos, exames, procedimentos e cirurgias, em muitos casos, foram desmarcados e as pessoas podem estar piorando suas situações clínicas em casa. Lembrando que antes do Coronavírus a situação da saúde nunca foi de dar tranquilidade em nosso país.


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A ques tão financeira afeta todos os demais setores

Em 10 de março deste ano, a economista Laura Carvalho da USP alertou para os danos que a crise com o Coronavírus poderia trazer para a economia brasileira. A meta de resultado primário do governo para este ano é (era) de um déficit de R$ 124,1 bilhões, o que equivale a 1,70% do PIB. E quando se fala em paralisação da atividade econômica, a situação é desastrosa em todos os pontos. O grande desafio é manter empregos e renda. Mas em um cenário em que muitos micros e pequenos empreendedores estão fechando as portas em massa, e pior, no momento em que grande parte estava iniciando suas atividades em um cenário que mostrava a economia, ainda que aos poucos, dando sinais positivos, traz ainda mais preocupação. E tudo isso está e vai impactar ainda mais na saúde que hoje "é o foco".

E a grande questão é o que fazer quando estamos em uma situação crítica onde ficar em casa e evitar a proliferação do vírus é muito importante, mas ao mesmo tempo pode ser um tiro na barriga, ou mesmo no coração, com a crise econômica que já se instala e que está deixando muitas pessoas desempregadas. E o desemprego, o fracasso nos negócios ainda que por uma razão imprevisível, segundo muitos estudos, eleva o núemero de infartos. Sem contar a angústia e depressão, as chamadas doenças emociais, e as mentais, realidade para muitas pessoas, além dos preços absurdos de muitos itens nos mercados e todo o estresse causado, é preciso dizer, muito por conta do pânico que a imprensa propagou e pela falta de amor ao próximo que tem sido cada vez mais comum com o passar do tempo no mundo, que também eleva o risco de infarto e de muitas outras doenças.

As incertezas, o medo e a perda da renda são fatores que preocupam (ou precisam preocupar) tanto quanto o Coronavírus. Sabemos que ainda não há vacina para esse vírus, e se as coisas acontecerem dentro dos prognósticos dos especialistas, essa vacina pode demorar um tempo, e como será nossas vidas até lá?


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O equilíbrio é a solução para quem quer solucionar, não para quem quer se aproveitar


Precisamos de equilíbrio, prudência e união para salvar, tanto do vírus como da crise econômica, quem de fato sustenta o país que é o povo. No Brasil, a falta de emprego e renda, unidos a uma economia provavelmente ainda mais retraída, com possível e iminente queda de arrecadação nos cofres públicos, a preocupação precisa ser redobrada, pois vencer o vírus não é o nosso único desafio! Tudo isso impacta na vida do cidadão de forma direta, e isso afeta a saúde. E as ações visando promoção pessoal com vistas apenas para as eleições, seja a deste ano ou a de 2022, que temos visto por muitos personágens da nossa política, não é o que se espera de pessoas responsáveis.

Ações que trazem esperança


O Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, do Ministério da Defesa, anunciou que desenvolveu um anticorpo para o coronavírus e que prepara a patente para depois entrar em contato com empresas farmacêuticas, com o objetivo de produzir em escala comercial. E isso nos gera espérança de vencer essa batalha antes das previsões. Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-05/israel-anuncia-descoberta-de-anticorpo-para-o-coronavirus


Há o "Auxílio Emergencial" proposto por Bolsonaro para trabalhadores informais e pessoas desempregadas que tem sido motivo de algumas polémicas por conta das análises e demora de processamento, que precisa ser resolvido o mais rápido e atender a todos que realmente necessitam. Também o pacote de 40 bilhões anunciado pelo Governo para manter por dois meses os salários de funcionários de pequenas e médias empresas; medida que previa atender cerca de 1,4 milhões de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores. Algumas das ações importantes em meio a tantas incertezas.


Certezas em meio a tantas incertezas...


Com esta crise que trouxe muitas incertezas, algumas certezas apareceram: os governos anteriores deveriam ter investido em saúde de verdade e hoje estaríamos em situação muito melhor; precisamos valorizar aqueles que de fato são heróis neste mundo como os prifissionais da saúde, da segurança e os profissionais da educação, pois sem esses profissionais o país entra em colápso contínuo; e o que mais mata nosso povo é a falta de interesse em fazer a política da forma correta, não sair poraí batendo no peito e falando que faz parte da 'Nova Política", de forma demagoga, mas cumprir com o real papel de um político que é trabalhar para melhorar a vida do cidadão que paga impostos altíssimos.

Acredito com muita fé que podemos, e vamos sim, sair vencedores desta batalha contra o Coronavírus e contra os danos econômicos causados por ele. Infelizmente se perdeu vidas. Agora é preciso que o Brasil olhe para quem de fato deve ter a atenção, o cidadão brasileiro: a dona de casa, o jovem e as crianças, o empregado, o empreendedor, o empresário, os nosso idosos que tanto contribuiram por este país. Sem a força de todos jamais conseguiremos superar mais este desafio.


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